domingo, 25 de dezembro de 2011

Prefeito usa carro do município para resolver problemas particulares


Hilux alugada à prefeitura e a serviço particular do prefeito de Heliópolis

     A certeza da impunidade está tão enraizada no comportamento de certos políticos que muitos deles nem se importam se estão cometendo delitos. A vereadora Ana Dalva, do PPS de Heliópolis, torna público um caso bem típico que rotineiramente ocorre com o prefeito de Heliópolis, Walter Almeida Rosário, do PC do B. A camionete TOYOTA HILUX CD 4X4 SRV – placa policial JRW 7929 (foto) – é um dos 13 carros que estão locados para prestar serviços às secretarias de Administração e de Educação do município de Heliópolis. A empresa que presta os serviços é a Temilza Dantas Figueiredo, de Cícero Dantas, com um custo superior a 30 mil reais mensais. Além de nunca ter visto todos os carros a serviço do município de Heliópolis, Ana Dalva observou que o veículo citado está a serviço exclusivamente do prefeito. O carro inclusive fica na garagem da casa do alcaide e está sendo usado para resolução de problemas particulares da família. Numa audiência de um dos vários processos que o prefeito, a primeira dama e seus filhos movem contra o professor Landisvalth Lima, marcada para o dia 7 de Dezembro no Fórum de Cícero Dantas, lá estava a Hilux da foto a serviço da família encastelada no poder. Como se não bastasse, os gastos do município de Heliópolis registram no mês de outubro, além do polpudo salário do prefeito de 9 mil reais, três pagamentos de diárias no valor de 1.177,20, perfazendo um total de 3.531,60, livres de descontos. Estes gastos dizem respeito a um total de 9 diárias e devem cobrir com sobras o deslocamento, hospedagem e alimentação. Ocorre que o prefeito viaja para Salvador na mesma camionete em questão e, certamente, abastecida com combustível da prefeitura. Ou seja, o prefeito de Heliópolis está muito caro para Heliópolis. Está mais que na hora de cortar despesas!
     PETI
     Se tem um programa que está custando caro para o município de Heliópolis é o PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil. Não há dúvida da necessidade do programa, mas seus gastos podem ser questionados. Vejamos: no mês de outubro o PETI gastou 1.270,00 (Luzinete Ribeiro de Souza) para confecção de uniformes; 3.991,00 (Reis dos Tecidos) para ornamentação; 6.400,00 (Andrea Carvalho Chamusca) para animação; 3.600,00 (José Claudio da Silva Bastos) para pipoqueiros, sorveteiros e outros; 3.350,00 (Maria de Lourdes Barbosa de Jesus) para confecção de uniformes. No total foram gastos 18.611,00 reais em coisas supérfluas e questionáveis. A vereadora Ana Dalva vai fiscalizar mais de perto o programa.
     Fogos
     Com tanta gente no município passando necessidade, com tanta localidade carente de médico, escola, boa merenda e condições mínimas de sobrevivência, a vereadora Ana Dalva ficou irritadíssima quando viu nas contas da prefeitura de Heliópolis, no mês de outubro, um gasto de 12.110,00 (Davi Santana de Morais – empresa de Paripiranga) para pagamento da compra de fogos de artifício. “O prefeito Walter Rosário está fazendo pirotecnia com o dinheiro do povo de Heliópolis.”, afirmou a vereadora. “Isto é um absurdo! É desumano!”, concluiu.
      Segundo Tempo
     A vereadora Ana Dalva também está curiosa com uma compra feita à empresa V.Maia Reis-ME (Casa das Embalagens) de Cícero Dantas, no valor 16.145,75, destinada a compra de alimentos para a garotada do Projeto Segundo Tempo. Os meninos do polo de Heliópolis estavam merendando no Colégio Estadual José Dantas de Souza e o grupo não chega a 40 pessoas. Além disso, cabe investigar outros recursos do projeto que estava parado até bem pouco tempo.
     Outros pagamentos
     Ana Dalva também está suspeitando de irregularidades em três pagamentos feitos no mês de outubro. Dois são destinados a uma quadra que está sendo supostamente construída pela SUDESB em convênio com a Prefeitura de Heliópolis. São dois pagamentos para a Reserv Construtora Ltda, de 29.864,69 e 19.909,79, totalizando 49.774,48. O problema é que no local já havia uma quadra poliesportiva e só precisava de uma reforma. Toda documentação indica construção e não reforma. Some-se a isso o valor de mais de 36 mil reais empenhados à mesma empresa em setembro de 2010 para construção de uma quadra poliesportiva. Se for a mesma obra, ela já ultrapassa os 70 mil reais. Já ultrapassou qualquer construção de quadra, imagine reforma! É caso para estudo. O outro pagamento foi destinado à compra de diversos materiais didáticos e pedagógicos. Ao longo do ano também já foram feitos outros pagamentos semelhantes. É muito material pedagógico para a Secretaria de Assistência Social. A compra foi feita à empresa Casa das Embalagens de Cícero Dantas e o custo foi de 23.463,53. Cabe também uma investigação.

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