quarta-feira, 3 de julho de 2013

Cotada para disputar as eleições presidenciais em 2014, Marina Silva diz que manifestações mostram “novo sujeito político”, que pede agenda de reivindicações para o Estado

                            Do portal IG. 
Para a ex-senadora Marina Silva, as manifestações realizadas em todo o País nas últimas semanas ensinam aos políticos pelo menos duas coisas: há um novo “sujeito político” em formação e essas novas pessoas querem um novo jeito de governar.
Marina Silva tenta organizar a REDE
“Esse novo sujeito político que está emergindo é fruto da combinação de muitas coisas: da quebra da intermediação da informação, da capacidade de interação. Esse novo ativismo não é dirigido por partido, sindicato, é um ativismo autoral. Isso tudo tem algo muito importante de ser percebido”, afirmou.
Segundo a possível candidata às eleições presidenciais de 2014, que trabalha para viabilizar a criação de seu novo partido, a Rede Sustentabilidade, o novo desenho político esperado por essa geração exige uma agenda comum entre os governos, que seja de Estado e não partidária.
“O Brasil quer um realinhamento político novo. Os partidos não devem querer governar sozinhos. Depois disso tudo, só há um caminho: pensar uma agenda para o Brasil que seja maior do que os partidos. Temos de entender que Estado não é governo e governo não é partido. Não se pode mudar a agenda só porque mudou o governo ou o partido”, defendeu.
Marina ressaltou que a demanda da população por protagonismo político ocorre no mundo todo. Para ela, com as mudanças provocadas pela internet, esse fenômeno era “uma questão de tempo”, já que a rede, como ela analisa, mudou meios de comunicação, ciência, cultura. “Essas pessoas não querem mais ser espectadoras. Elas foram renegadas pelos grandes partidos que têm o monopólio da política. As pessoas que estão indo para as ruas querem novas formas de realização da democracia”, comentou.  
A ex-senadora admite que não é possível prever o resultado de todos os protestos. Os desafios, na opinião dela, é manter o “ativismo autoral” sem que ele se perca “no individualismo e na fragmentação”. “Temos de perceber que essa situação é genuína e não é uma reconstrução do que passou. É um erro querer rotular e se apropriar disso. O Brasil pode ser um país de um novo paradigma. Há algo em estado de latência”, disse.

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