quarta-feira, 14 de março de 2012

Prefeito ignora professores e classe está desmobilizada


                   Professores programam paralisação de 3 dias em todo o País
     Segundo a categoria, 17 Estados não pagam o piso salarial de R$ 1.451,00 anunciado pelo MEC

Servidores fizerem assembleia nesta quarta-feira (14) em Heliópolis
O prefeito municipal de Heliópolis, Walter Rosário (PC do B), está desdenhando dos professores. Não respondeu sequer ao convite feito pelo SINDHELI para a Assembleia da categoria, que ocorreu nesta quarta-feira na Câmara Municipal, nem muito menos compareceu à reunião. Sinais evidentes foram dados pelo Presidente da Câmara, vereador José Mendonça, que afirmou, em tom pouco audível, que não compareceria à reunião porque tudo o que se dizia era distorcido. A única a comparecer por breves momentos foi a vereadora Ana Dalva. Não demorou muito e apareceu o vereador Claudivan. Estavam mais preocupados com a presença da vereadora que com a reunião dos funcionários públicos.
Na Assembleia havia poucos servidores, cerca de quarenta. A desmobilização é notória. Vê-se nitidamente o cansaço no semblante dos profissionais da educação. Eles perderam a fé política e administrativa no alcaide. A única forma de fazê-los crer novamente na luta sindical é uma tomada mais enérgica por parte dos dirigentes do SINDHELI. Chega de ficar mandando ofícios com os mesmos propósitos. Waltinho só fará alguma coisa favorável aos professores sob imposição da Lei ou da Justiça. Prova é o Projeto de Lei com o reajuste do Piso dos Professores: deu exatamente o que a Lei obriga e nenhum centavo a mais. É só dividir 1.451,00 por 40 e multiplicar por 25. Será igual a 906,88, que é o piso de 25 horas, por lei. Nada mais!
O prefeito está dizendo que ele é o poder e tem que ser como ele quer. Está querendo penalizar os professores pelos 29 dias de greve. Na sessão da última segunda-feira, mais uma vez, o presidente da Câmara mostrou que a responsabilidade pelos péssimos serviços prestados pelo poder público é culpa dos funcionários públicos que não cumprem seus compromissos. Logo ele que ficou famoso por ensinar 600 vezes a um aluno e a aprendizagem foi considerada insuficiente!
Se o SINDHELI, a Comissão dos Direitos Humanos, as associações e os políticos de oposição trabalhassem unidos, em prol das melhorias para o município, as coisas não estavam no nível em que estão. O problema é que todos querem ser caciques de tribo. A vereadora Ana Dalva está lutando contra a corrupção sozinha, o SINDHELI lutando contra a desvalorização dos profissionais públicos sozinho, a Comissão dos Direitos humanos pede ajuda e voluntários e os frutos de tudo isso é muito pouco ou quase nada. Enquanto isso, o prefeito tem banca de advogados paga com dinheiro do povo para que ele possa colocar o município contra o próprio povo.
PARALISAÇÃO
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) programou uma greve geral de três dias para a categoria, com uma agenda de atividades em todo o País, para protestar contra o não cumprimento da Lei Nacional do Piso do Magistério, segundo o órgão. De acordo com informações da CNTE, 17 Estados não pagam o piso de R$ 1.451,00 anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) e o mesmo número não cumpre a jornada extraclasse definida por lei.
A paralisação pretende atingir funcionários das escolas públicas das redes estadual e municipal entre esta quarta-feira, 14, e a próxima sexta-feira, 16, segundo o CNTE, que ainda não tem um balanço sobre a adesão dos trabalhadores no primeiro dia de paralisação. Estão programadas para o dia de hoje várias manifestações pelo País, inclusive para defender o maior investimento público em Educação, com a previsão de 10% do Produto Interno Bruto no Plano Nacional de Educação (PNE). Segundo a CNTE, na sexta-feira serão realizadas assembleias nas sedes dos sindicatos para decidir a continuidade da paralisação. Em São Paulo, de acordo com a confederação, estão previstas panfletagens e atos em locais públicos nos três dias de paralisação. A Secretaria Estadual de Educação de São Paulo também não tem levantamento sobre a adesão à paralisação.
Com a colaboração de Solange Spigliatti - estadão.com.br

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